cropped-favicon.png
Cris Moreschi

Cris Moreschi

Mãe, terapeuta nutricional e criadora do Meu Peso Definitivo.

É preciso sofrer para emagrecer?

Facebook
Twitter
WhatsApp

Será que o que está gravado no seu inconsciente que te impede de emagrecer?

Eu já vi muitas pessoas que o que elas têm gravado no inconsciente as impedem de se manterem no peso ideal. Ou seja, alguns emagrecem com grande facilidade, mas têm dificuldade em se manter no peso desejado. E outros até se sentem impedidos de se cuidarem e de serem felizes. 

E isso traz uma reflexão muito importante, o que será que está no seu inconsciente que te impede de ser uma pessoa completa, uma profissional dedicada, feliz, de sucesso, uma mulher bonita com a autoestima elevada, uma mãe incrível? 

O sentimento que temos quando associamos essas qualidades é que parece impossível ser isso tudo ao mesmo tempo. Há quantas gerações, se olharmos para nossa ancestralidade, nós sofremos com essa pressão de ser isso tudo ao mesmo tempo? E quanto nós já ouvimos que isso é impossível? 

Se você é homem e está lendo esse artigo, pense sobre isso: não parece que a mulher nasceu para ter/ser tudo isso? 

E, mulher, realmente nós estamos com muitas crenças gravadas no nosso inconsciente. Portanto, isso é transgeracional, sem nenhuma dúvida. 

Se você pesquisar hoje no Google “mulher de sucesso”, eu ouvi isso essa semana da Isabele Moreira e eu fiquei impressionada, porque realmente faz sentido. Nos resultados vão aparecer mulheres de terninho, de roupa social, de camisa branca, óculos, cabelos lisos, sentadas na frente de um computador em salas de um edifício, sozinhas normalmente e com a cara fechada. 

Acredito que essa imagem de “sucesso” parece ser uma escolha não atrativa. Por mais que queiramos o sucesso, o que essas imagens passam é uma ideia de masculinização da imagem feminina. A imagem deixa a impressão de como se estivéssemos buscando algo que ninguém mais quer para provar a alguém que nós somos capazes. 

Dentro dessa perspectiva, me parece também que esse conceito de sucesso ficou realmente cristalizado de uma forma muito antiga, porque no meu entendimento ser uma mulher de sucesso é ser uma mulher que trabalha de forma livre, que consegue se manter bonita, saudável e jovem. Que consegue também ter uma família, curtir a casa, curtir os filhos, e tudo isso de forma equilibrada. Emagrecer é possível para essa mulher sim.

Talvez essa mulher precise sim, levar os filhos para creche. Talvez essa mulher precise sim de uma rede de apoio. Essa mulher pode surtar de vez em quando 😂. Essa vai mulher vai querer viajar, essa mulher vai querer estar no mundo corporativo, porque isso tudo pode ser importante para ela, e essa mulher se sente livre para ser o que ela quer ser.

O feminino

E por que eu estou falando tanto de mulher e essa busca feminina? 

Porque a nossa relação com o nosso corpo, com a comida, está ligado ao feminino. E vamos esclarecer aqui, que quando eu falo de feminino, não estou falando somente de mulheres, pois todos temos um lado feminino, tanto homens como mulheres, assim como citado na medicina tradicional chinesa, tudo tem esse jogo de dois lados. 

Esse nosso lado feminino é justamente o que define essa nossa relação com o próprio corpo. E isso é incrível, porque se vamos para as leis sistêmicas falando sobre nutrição, isso está ligado com a nossa mãe. A mãe é nutrição. A mãe tem relação com o corpo e com a comida. 

E se olharmos a nossa relação com a nossa mãe, com o nosso feminino, veremos que tem relação com a forma como nós olhamos e sentimos. É muito profundo. 

Por exemplo, grande parte da inspiração dessa busca pelo entendimento da alimentação como um fator emocional vem sim desse meu olhar para a ancestralidade. E eu sou muito grata a todas essas mulheres, todo esse feminino, que veio antes de mim e que me possibilitou entender e estar aqui trazendo para você esse tipo de informação 🥰.

A foto representa uma avó, uma mãe e uma filha. O ciclo da vida. O emagrecer também é um ciclo.
Vó, mãe e filha.

Entender isso é essencial para o seu processo do tão desejado emagrecer. Afinal, quantas vezes você já foi em uma nutricionista ou quantas vezes você estava focada em fazer determinada dieta e não conseguiu seguir, por conta do que acontecia à sua volta? 

Ou seja, isso é totalmente emocional e racional, e causa impacto sim nas suas escolhas. Está na hora de você atentar a essas questões. 

Acredito que, talvez, você lendo essa história se conecte e veja que tem semelhanças com a sua. 

“Eu odeio o meu corpo”

A foto representa dois corpos diferentes, duas mulheres diferentes. Pode ser que as duas queiram emagrecer.
Dois corpos, duas mulheres.

Existem mulheres que olham para o próprio corpo e odeiam o que estão vendo  “nossa, o meu braço é muito gordo”, “olha, eu tenho esse culote aqui, essa pelanca aqui”. E parece na verdade que em uma conversa entre mulheres vira uma competição de quem é mais feia e horrorosa. E como se a gente usasse essas características de “não gosto disso…” para enaltecer o que a outra tem “não, isso é bonito em você, mas isso em mim fica horrível”, então vira, de fato, algo que dói. 

Ficamos tanto tempo buscando defeitos em nós mesmas, que às vezes criamos coisas que nem existem, ou características que não são feias ou anormais.

Outra reflexão que fica aqui é: o que é o padrão então, se tão poucos seguem o padrão? Porque o padrão para mim é seguido pela grande maioria. Então vamos parar com esse papo de “padrão” porque não faz o menor sentido. 

Eu lembro bem que teve um período em que a minha mãe estava se cuidando, fazendo dieta. Ela ficava muito irritada, e tomava litros e litros de um chá. Talvez você se lembre, existia um “Plan 30 dias” que o pessoal trazia do Paraguai. Depois eu fui estudar ele, que é base de Sene, então imagina o terror que faz a diarreia e a cólica violenta que esse produto causa, acabando com a microbiota.

Realmente deve fazer alguma diferença no peso, mas não acontece de uma forma saudável e equilibrada. Você está agredindo o seu próprio corpo quando ingere esse tipo de produto. 

Mas, eu me lembro bem que a minha mãe tomava esse “Plan 30 dias”. Fazia uma jarra e ia tomando ao longo do dia. Além disso, se “cuidava”, entre aspas, porque o se cuidar era ficar sem jantar, era comer muito pouco, enfim. 

Lembro que ela emagreceu uma quantidade considerável e manteve isso por muitos anos, mas nessa dinâmica de não jantar e comer muito pouco.  E é lógico que isso não é sólido, e ela acabava voltando a fazer o que fazia antes. Ou seja, voltou a ganhar peso, óbvio.

Mas, a minha mãe, de fato, não é uma pessoa gorda, nunca foi acima do peso. E gosta de tomar sua cervejinha, tomar um café  e comer um pãozinho à noite. E tá tudo bem. 

A segunda vez

O segundo contato que eu tive de dieta, foi uma amiga minha, que na época éramos adolescentes, tinha na porta da sua geladeira uma receita escrita à mão de uma dieta que estava fazendo. Era uma dieta cetogênica da época. Lembro do que me chamou a atenção foi de poder comer gelatina com creme de leite, ovos à vontade, carne, algumas verduras, mas que até o creme dental tinha que ser o sem sorbitol. 

Eu lembro que fiquei assustada com essa dieta. Cheguei a copiá-la em um papel, porém nunca fiz. 

Mas, essa experiência de conhecer essa dieta, me fez olhar para minha amiga que eu já achava magra e super bonita e olhar para mim, e perceber que eu em comparação era muito mais gorda (a gente não chegava nem perto de estar gorda, talvez uma gordurinha ou outra localizada no abdômen). 

Consequências

E o que isso gerou na Cris de 14 anos de idade?

Uma sensação de inadequação. Eu parei para pensar que eu precisava emagrecer. 

E, lógico, com o passar dos anos a gente vai comparando cada vez mais. Olhando para o nosso corpo e odiando ele. Olhando para revistas e redes sociais, e o tempo todo nos comparando. 

Eu com 1,68m já cheguei a pesar 48 kg, ou seja, extremamente magra. Eu deixava às vezes de almoçar para poder comer um lanche legal na escola. Fazia escolhas nada conscientes. Fiquei assim até entrar na faculdade.

Nesse período eu fui construindo o que eu queria para minha vida pessoal e profissional. Fui me equilibrando, deixando de me comparar. Foi ficando cada vez mais claro o que eu queria para minha vida. 

Hoje eu entendo que o meu inconsciente estava lotado esse tempo de coisas que não me permitiam ser quem eu sou hoje. E entendo que eu posso gravar novas coisas nesse inconsciente. 

Na Prática

Exercícios para fazer para se livrar das comparações e gravar novas coisas no seu inconsciente:

  • Fazer minutos de silêncio diário para refletir sobre as suas emoções. 

Imagine que dentro de você tem uma inteligência divina que foi criada para dar certo. Que foi criada para ser muito feliz. Para ter abundância e plenitude. E essa inteligência é a mesma que habita em Deus. Fomos feitos para sermos felizes.

Se conecte com as suas verdadeiras necessidades. 

Promete para mim que você vai fazer esse exercício? ❤️

Me conta lá no Instagram do Meu Peso Definitivo @meupesodefinitivo.

Grande abraço. 

Veja outros posts